segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

Como tratar a diarreia no bebê

Seu A Saúde - diarreia em bebe

O tratamento para diarreia no bebê, que corresponde a 3 ou mais evacuações de fezes moles ou líquidas, no prazo de 12 horas, envolve principalmente evitar a desidratação e a desnutrição do bebê.
Por isso, é necessário dar ao bebê leite materno ou mamadeira, de forma habitual e o soro para re-hidratação de farmácia ou caseiro em um volume igual ao peso do bebê em kg vezes 100, por cada 4 horas, dado às colheradas. Assim, se o bebê tem 4 kg deve beber 400 ml de soro a cada 4 horas.
Porém, não é recomendado a toma de remédios como as gotas antiespasmódicas contra as cólicas porque impedem o movimento ativo dos intestinos e dificultam a eliminação de vírus ou bactérias que possam estar causando a diarreia.

Alimentação do bebê com diarreia

Na alimentação do bebê com diarreia além de dar a mamadeira ou o leite materno, quando o bebê já come outros alimentos, também pode ser dado para o bebê:
  • Mingau de maizena ou arroz;
  • Purê de legumes cozidos como batata, cenoura, batata doce ou abóbora;
  • Maçã e pera assadas ou cozidas e banana;
  • Frango cozido;
  • Arroz cozido.
Porém, é normal o bebê ter falta de apetite, principalmente nos 2 primeiros dias.

Causas da diarreia no bebê

A principal causa de diarreia no bebê são as infecções intestinais causadas por vírus ou bactérias, também chamadas de gastroenterites, devido ao hábito de os bebês levarem à boca tudo o que estiver ao seu alcance, como brinquedos ou chupetas caídas no chão, por exemplo.
Além disso, outras causas de diarreia no bebê podem ser infestações por vermes, reação colateral de outra doença como gripe ou amigdalite, ingestão de alimentos estragados, intolerância alimentar ou uso de antibióticos, por exemplo.

Quando ir ao médico

É necessário ir ao médico quando a diarreia é acompanhada de vômitos, febre acima de 38,5 ºC ou se aparecer sangue ou pus nas fezes.
Além disso, também é necessário consultar o médico quando as crises de diarreia não desaparecem espontaneamente em aproximadamente 5 dias.

Diarreia amarela - Causas e tratamento

Diarreia amarela - Seu A Saude

A diarreia amarela é um tipo de diarreia pouco comum, em geral, as pessoas com uma boa saúde podem tê-la 1 ou 2 vezes por ano. Quando vemos que as nossas fezes têm uma cor amarela ficamos preocupados e se o problema persistir ou se repetir muitas vezes devemos ir ao nosso médico. As fezes amarelas podem aparecer por problemas relacionados com o fígado, vesícula ou intestino delgado, a seguir explicamos-lhe com mais detalhe.

Causas da diarreia amarela

As causas mais comuns das fezes amarelas relacionam-se com o fígado, a vesícula biliar ou o intestino delgado e podem ser um sinal de um problema de saúde grave, incluindo a infeção por parasitas, uma doença no fígado ou uma doença intestinal. Se a diarreia de cor amarela parar passados 1 ou 2 dias modificando a dieta e comendo produtos restringentes associa-se as suas causas à dieta ou a medicação. Os movimentos de intestino pálidos e a diarreia amarela crônica sugerem causas mais graves, tais como cálculos biliares ou câncer.

Tratamento natural para a diarreia amarela

Para a diarreia amarela, deve visitar o seu médico para que lhe receite os medicamentos mais apropriados, no entanto existem alguns produtos de medicina natural que podem ajudar. Beber um copo de casca de goiaba ou de batata-doce, ou o suco do limão bem azedo, além disso, o doente deve abster-se de comer alimentos como pimentas, café e álcool.

Tratamento médico para a diarreia amarela

  • Se a diarreia amarela persiste depois do tratamento que aqui se propõe é muito importante que vá ao médico, uma vez que pode ter problemas graves no fígado ou no intestino. Se tem diarreia amarela, nos primeiros dias pode fazer uma dieta adstringente e ingerir líquidos em abundância, como por exemplo chá acabado de fazer ou água mineral com gás. Os alimentos devem ser leves e em pouca quantidade, para responder às necessidades da pessoa sem sobrecarregar o sistema digestivo.
  • Soluções de sais para reidratação oral. Só é necessária em alguns casos especiais e crianças. Se não tiver este tipo de solução, pode prepará-la de forma simples, misturando cinco gramas de cloreto de sódio, cinquenta gramas de arroz pré cozinhado ou quarenta gramas de sacarose num litro de água. O potássio pode ser reposto com a administração de suco de limão, coco, banana, etc.
  • Se o número de evacuações for excessivo pode recorrer a fármacos contra a diarreia a loperamida ou thanatos. Ambos têm efeitos secundários, por isso antes de os usar consulte um médico. A loperamida e outros antidiarreicos são contra-indicados para os condutores com diarreia severa. Não devem ser administrados a crianças.
  • Não é recomendável o tratamento com antibióticos, exceto em pessoas com uma imunodepressão grave ou uma doença anterior importante. Aquelas pessoas que pelas viagens que fazem têm pouco acesso a centros de saúde, devem incluir nos seus primeiros socorros algum antibiótico de largo espetro e antidiarreicos.
Este artigo é meramente informativo, no umComo.com.br não temos capacidade para receitar nenhum tratamento médico nem realizar nenhum tipo de diagnóstico. Convidamo-lo a recorrer a um médico no caso de apresentar qualquer tipo de condição ou mal-estar.
Se deseja ler mais artigo parecidos a Diarreia amarela - Causas e tratamento, recomendamos que entre na nossa categoria de Doenças e Efeitos Secundários.
Conselhos
  • Perante qualquer episódio de diarreia persistente acuda rapidamente ao seu médico de família.

Helicóptero que levava noiva para casamento cai na grande São Paulo

A mulher, o irmão dela, o piloto e uma fotógrafa morreram no acidente. A aeronave caiu a dois quilômetros do local da cerimônia.


helicóptero cai com noiva em são Paulo - Seu A Saúde

Helicóptero caiu na grande São Paulo na tarde desse domingo (4). As quatro pessoas que estavam a bordo, morreram. Inclusive uma noiva que seguia para o local da celebração do casamento.
O helicóptero caiu em uma área de mata fechada no KM 307 da Rodovia Régis Bitencourt, que liga São Paulo ao sul do Brasil. Ele decolou da cidade de Osasco, na grande São Paulo, levando a noiva Rosimeire do Nascimento Silva até o local de seu casamento, em São Lourenço da Serra.
No acidente, morreram a noiva Rosimeire, o irmão dela, Silvano Nascimento Silva, o piloto Peterson Pinheiro e a fotógrafa Nayla Cristina Borba.
No espaço onde aconteceria a cerimônia e a festa de casamento, há um campo de futebol, onde o helicóptero pousaria para a descida da noiva. Quando passou do horário combinado e a aeronave não chegou, o dono do estabelecimento, Carlos Eduardo Batista, ficou preocupado e telefonou para a empresa. "Foi aí que eu fiquei a par da informação, foi fatal. Os quatro ocupantes faleceram. Primeiro eu chamei o noivo, com ajuda do juiz, que também é pastor, eu informei ele e pedi 'me ajuda a passar essa informação para o noivo'. Cada um tem um sonho, cada um tem uma história", diz Carlos Eduardo, que também contou que nem o noivo sabia que a futura esposa chegaria de helicóptero.
Ainda não se sabe o que provocou a queda da aeronave. Um boletim de ocorrência foi registrado em uma delegacia de Itapecerica da Serra. Perícias da Aeronáutica e do Instituto de Criminalística devem acontecer na manhã desta segunda-feira (5).
Os parentes das vítimas chegaram na delegacia nesta manhã, para prestar depoimento sobre o acidente.

helicóptero cai com noiva em são Paulo, Seu A saude

helicóptero cai com noiva em são paulo - Seu A saúde

quinta-feira, 24 de novembro de 2016

O que é Alergia?

O que é alergia? Seu A Saude

Definida como uma resposta imunológica exagerada, a alergia – ou reação de hipersensibilidade – se desenvolve após a exposição a um determinado antígeno, considerado uma substância estranha ao nosso organismo, e que ocorre em indivíduos suscetíveis geneticamente e previamente sensibilizados.
As substâncias que desencadeiam o processo alérgico podem ser inaladas, ingeridas, injetadas ou colocadas em contato com a pele, sendo as reações alérgicas diferenciadas de acordo com o estímulo realizado.
É importante saber que uma substância que causa alergia em um indivíduo não necessariamente causará em outro.

1) Quais são as principais causas de alergia?

A reação do organismo, definida como exagerada, pode ter diferentes causas e, por isso, é importante conhecer o alérgeno causador da alergia, de maneira a evita-lo.
Algumas causas mais comuns são:

  • Pólen de árvores e gramíneas
  • Ácaros
  • Pelos de animais
  • Mofo (traços, quantidade mínima suficiente)
  • Certos alimentos
  • Farinha
  • Látex
  • Produtos químicos
  • Medicamentos
A alergia à poeira é a reação alérgica às fezes de ácaros, e, por isso, é considerada problemática e de difícil tratamento. Já a alergia a pelos de animais é, na verdade, alergia à saliva, urina ou das células epiteliais do animal.

2) Quais são os principais tipos de alergia?


As alergias são das mais variadas, mas existem tipos mais comuns, atingindo um número maior de pessoas. São elas:
  • Alergias alimentares: são mais comumente desencadeadas pelo leite de vaca, ovos, amendoim, soja, peixes, frutos do mar e nozes.
  • Alergias da pele: também conhecidas como lesões dermatológicas com prurido (coceira) intenso.
  • Alergias nasais: também denominada de rinite alérgica.
  • Alergias respiratórias: ocorre por meio dos alérgenos e irritantes das vias aéreas, infecções, exercícios físicos inadequados, refluxo gastroesofágico, medicações e alimentos, além das causas emocionais.
  • Alergias oculares: sendo a conjuntivite alérgica a mais comum.

3) Quais são os sintomas?

O que é alergia? sintomas - Seu A Saude
Os sintomas da alergia variam de acordo com a reação alérgica e também do agente causador. Os principais sintomas são:
  • Sensação de “aperto”
  • Falta de ar ou cansaço
  • Chiados no peito
  • Tosse (que pode ser acompanhada de secreção ou não).
rinite alérgica, por exemplo, possui sintomas bastante característicos, sendo eles os espirros, a coriza líquida e abundante, coceira nasal insistente, mucosa nasal congestionada e narinas entupidas, olhos avermelhados, irritados, lacrimejando e coçando.

4) Quais são os tratamentos?

Apenas o médico é o profissional adequado para informar a medicação necessária para o seu caso alérgico. Além disso, este profissional indicará a dosagem correta e a duração do tratamento. É importante que não haja interrupções no uso do medicamento sem consultar um médico antes e nem que haja medicação por conta própria, visto a gravidade do problema.
Apesar de não ter cura, a alergia pode ser controlada. Deste modo, o tratamento tem o objetivo de aliviar os sintomas, afastar o paciente do alérgeno e, em alguns casos específicos, induzir tolerância a ele.
A alergia é dividida em fases. Na fase aguda, o tratamento é feito com antihistamínicos e corticoides por via intramuscular ou endovenosa. Para as alergias respiratórias a nebulização com substâncias que dilatam os brônquios também pode ser utilizada.
Já na fase crônica, o tratamento consiste na imunoterapia específica ou dessensibilização, que é uma maneira terapêutica em que o paciente de início recebe doses mínimas do alérgeno, buscando dessensibilizar o organismo a ele.
Atualmente o único tratamento capaz de modificar o curso natural da alergia é a imunoterapia – tratamento de doenças por meio da modificação do sistema imunitário, como ocorre com transplantes de medula óssea ou a injeção de gamaglobulinas polivalentes.

O que Pode Ser a Dor de Ouvido?

dor de ouvido - Seu a saude


Você provavelmente já se pegou perguntando o que pode ser a dor de ouvido ou vendo alguém nesse impasse. A verdade, é que ela pode surgir de diversas intensidades, em uma ou nas duas orelhas e ainda mais, estar ligada com muitas razões, não só necessariamente no ouvido, como também em regiões próximas, como a garganta ou até mesmo os dentes.

Normalmente, são pequenos incômodos que desaparecem muito rápido, mas como dito anteriormente, o quadro pode contar com dores mais intensas, sendo assim, é imprescindível procurar um médico para descobrir qual é o seu tipo de problema e se tem realmente a ver com o ouvido (causa otológica) ou não.

1) Quais são as principais causas otológicas para a dor de ouvido?

O que pode ser a dor de ouvido? seu a saude - dor de ouvido
Como foi citado, causa otológica trata-se do ouvido, ou seja, nesse caso, de problemas que têm origem nele ou que precisam de cuidados diretamente nesse local, as mais comuns são infecções. Para compreender melhor, vale lembrar que o ouvido costuma ser dividido em três partes, externo, médio e interno.

+ 10 Remédios caseiros para tratar a dor de ouvido rapidamente
O que pode ser a dor de ouvido? seu a saude - dor de ouvido
Veja a seguir quais são as quatro principais causas, sintomas e tratamentos para a dor de ouvido:

  • Otite externa: é uma infecção do canal do ouvido externo que pode ser tratada por um médico, com remédios e orientações. Geralmente, é algo que pode ser resolvido em dias ou semanas, dependendo do quadro. Os sintomas, além da dor, envolvem a pele mais avermelhada e calor, mas algumas pessoas podem ter coceira e inchaço.
  • Otite média aguda: Essa infecção atinge o ouvido médio e geralmente, é causa por uma bactéria ou o acúmulo de líquido. Além disso, pode ter sua origem por infecções virais do trato respiratório, como as famosas gripes. Normalmente, atinge mais as crianças e é acompanhada de outros sintomas além da dor de ouvido, como febre e perda auditiva temporária, podendo ser tratada com orientação médica, com remédios, mas depende muito do caso, pois em alguns, apenas recomendações são passadas.
  • Obstrução no ouvido externo: Pode ocorrer a obstrução do ouvido externo por conta de um corpo estranho e até mesmo pela cera do ouvido, que é uma das causas mais comuns. Nesse caso, o médico avaliará o método mais eficiente de limpeza do local, pois se o tímpano estiver perfurado, o método de eliminação da cera pode variar e ser necessário o uso de um instrumento adequado.
  • Otite média crônica: outros tipos de otites podem ocorrer, como a média crônica, que pode comprometer muito a audição, essa infecção geralmente é provocada por uma lesão do tímpano e merece muita atenção, pois seu quadro de gravidade depende muito do tipo de lesão e qual região exatamente foi atingida.Além de poder comprometer a audição, pode ter complicações, como o aumento de secreção e inflamações. O seu tratamento envolve uma limpeza do local pelo médico, entre outros processos que podem ser necessários como operações e o acompanhamento de antibióticos.

2) Quais são outros motivos para a dor?

O que pode ser a dor de ouvido? seu a saude - dor de ouvidoOutras razões para que as dores ou incômodos nos ouvidos surjam e que não possuem ligação apenas com eles como as causas citadas anteriormente, estão ligadas principalmente com gripes e resfriados, como a infecção na garganta e problemas dentários, como cáries, infecções, complicações com próteses, entre outros.
Quando estão ligadas com outras causas, o tratamento pode variar muito, afinal, o sintoma passa a não ser apenas a dor de ouvido, como no caso de gripes, onde a pessoa também sente dores pelo corpo, fadiga e febre. De qualquer forma, é imprescindível recorrer a um médico e ter cautela ao realizar a limpeza do ouvido, pois a dor também pode estar relacionada com o uso inadequado de cotonetes ou a introdução de outros objetos, como palitos, entre diversos itens.

10 Remédios Caseiros para Tratar a Dor de Ouvido rapidamente

dor de ouvido - seu a saude

dor de ouvido é uma infecção que pode afetar qualquer parte do canal auditivo. O tipo de infecção mais comum é a otite, uma inflamação média aguda. A infecção é causada por bactérias e vírus presentes na orelha. Podemos considerar normal a  aparecer após uma gripe ou . Os sintomas de dor de ouvido podem aparecer com mais frequência em crianças, pois, a trompa do Eustáquio ainda é muito pequena e o sistema imunológico ainda está em desenvolvimento.
Dor de ouvido é uma dor insuportável. Não precisamos ir ao médico de imediato, pois podemos tratar desta infeção em casa com remédios naturais. Se a dor permanecer é recomendável ir ao médico para ter um melhor diagnóstico e tratamento.

Abaixo veja 10 remédios caseiros para aliviar a dor de ouvido:

1) Água quente:

Agua quente - dor de ouvido - Seu A Saude
Ao colocar água quente na orelha infectada, pode servir como um ótimo analgésico, pois, com o calor da água, ajuda a aliviar a dor. Use uma garrafa com água quente enrolada em um pano ou uma bolsa de água quente, e pressione por alguns minutos sobre o ouvido infectado.

2) Software Hearing Guardian v1

Software Hearing Guardian v1 - dor de ouvido - Seu A Saude
Você já deve ter tido uma sensação de zumbido no ouvido. Na maioria das causas do zumbido é resultado de um dano nas células ciliadas, que ficam localizadas no ouvido interno, dentro da cóclea, que tem um formato de concha. As tais células captam as vibrações sonoras e enviam impulsos elétricos pelo nervo auditivo para o cérebro.
Quando as células ciliadas ficam lesadas, elas continuam enviando, por engano, informações sonoras às células do nervo auditivo. O software Hearing Guardian, é o único programa que pode condicionar estas células danificadas e eliminar completamente o som de zumbido dependendo da sua causa. Você poderá visitar o website www.biosom.com.br e baixar o software Hearing Guardian e instalar o programa diretamente no seu computador.
Você deve estar se perguntando como um software pode resolver o meu problema da audição! Veja você mesmo como ele atua na sua audição (3:17):

3) Alho:

 Alho, dor de ouvido, Seu A saude
alho tem propriedades antibióticas que podem ajudar a diminuir a dor no ouvido. Esquente uma colher de chá de alho, e duas colheres de sopa de óleo de gergelim. Após esfriar, filtre o óleo e coloque duas ou três gotas do óleo de alho no ouvido infectado e espere até obter um resultado.

4) Basil:

basil - manjericão - dor de ouvido - seu a saude
Basil, mais conhecido como manjericão. Ele tem propriedades analgésicas, antibacterianas e anti-inflamatórias, por isso, o manjericão é considerado um ótimo remédio caseiro para aliviar dores. Amasse as folhas do manjericão, até obter o caldo. Coloque três ou quatro gotas do suco no ouvido infectado, repita pelo menos duas vezes ao dia.

5) Bispo de erva:

Bispo de erva - dor de ouvido - seu a saude
O bispo de erva tem propriedade anti-séptica e antimicrobianas, o que é ótimo para aliviar a dor de ouvido. Misture uma colher de chá de óleo de Bispo de erva, junto com três colheres de chá de óleo de gergelim, e aqueça, até ficar morno. Depois, coloque o remédio no ouvido infectado, e espere aliviar.
Outra receita: Esquente duas colheres de chá de óleo de mostarda e adicione meia colher de chá de Bispo de erva, e um pouco de alho picado. Após a mistura, esquente até o alho ficar vermelho. Depois, filtre-o e coloque algumas gotas no ouvido infectado.

6) Cebola:

Cebola - dor de ouvido - Seu A saude
cebola tem propriedades anti-séptica e antibacterianas, e são ótimas para resolver o problema no ouvido. Aqueça uma colher de sopa do suco da cebola e quando estiver morno coloque de duas à três gotas do suco extraído na orelha infectada. Repita o procedimento de duas à três vezes ao dia.

7) Gengibre:

como curar dor de ouvido, Gengibre - Seu A saude
Gengibre tem propriedade anti-inflamatórias, que podem ajudar no tratamento para a dor de ouvido. Tire o suco do gengibre, e já coloque no ouvido infectado, aos poucos a dor vai diminuir. Outra receita é misturar uma colher de chá de gengibre ralado, junto à duas colheres de sopa de azeite de oliva. Espere de cinco à dez minutos, após o procedimento, coloque algumas gotas do óleo no ouvido infectado.

8) Hortelã-pimenta:

Hortelã pimenta - dor de ouvido - seu A saude
As folhas de hortelã-pimenta e o óleo de hortelã-pimenta, podem ajudar a aliviar a dor de ouvido. Retire o suco das folhas, e coloque diretamente no ouvido infeccionado.
Outra receita: Pegue um cotonete, aplique algumas gotas de óleo de hortelã-pimenta, e passe na parte externa da orelha, não deixando entrar dentro do ouvido.

9) Neem:

Neem - Seu A Saude - bispo de erva

O Neem há várias propriedades como o Bispo de erva, assim, podendo ajudar no alivio da dor no ouvido. Amasse algumas folhas até ter o suco. Depois coloque algumas gotas no ouvido e espere o efeito.
Outra receita: Molhe um algodão no óleo de neem e aperte até sair o excesso, depois coloque-o no ouvido. Deixe por alguns minutos e jogue-o fora. Repita as duas receitas, pelo menos duas vezes ao dia.

10) Óleo de oliva:

Azeite de Oliva - Seu A saude
O Azeite de oliva serve como um lubrificante e um ótimo remédio natural para sumir com as dores do ouvido ou qualquer outras sensações no canal auditivo. Coloque de três à quatro gotas de azeite morno no ouvido. Para ser mais fácil, você pode utilizar um cotonete, e espalhar no ouvido.

11) Secador:

secador de cabelo - seu a saude
Depois do banho, depois de secar as orelhas com a toalha, pegue um secador e seque-as de 1 a 2 minutos na potência mínima.

sábado, 5 de novembro de 2016

DOR NO PEITO – SINAIS DE GRAVIDADE

dor-no-peito-ilustracao

Uma dor no peito não significa necessariamente um ataque cardíaco. A maioria das pessoas que procura atendimento médico em serviços de emergência por conta de dor no peito não está tendo um ataque cardíaco, mas sim problemas menos graves, como dor muscular, refluxo ou crises de ansiedade. Entretanto, como a dor no peito pode significar um problema de saúde com risco de morte, o melhor mesmo é não arriscar.
Muitos pacientes demoram a procurar ajuda para um ataque de coração por achar que os sintomas não são graves ou que a dor irá melhorar espontaneamente. Muitas vezes, este tempo de espera em casa é a diferença entre sobreviver ou não a um infarto.
Neste texto vamos explicar os seguintes pontos sobre a dor no peito:
  • Sinais de gravidade de uma dor no peito.
  • Causas de dor no peito.
  • Sintomas do infarto.
  • Outras causas graves de dor no peito além do infarto.
  • Quando procurar atendimento médico.

DOR NO PEITO

Um trabalho feito há alguns anos na Universidade de Michigan, EUA, avaliou 400 pacientes que chegaram ao setor de urgências com queixas de dores no peito. Após a avaliação diagnóstica, 53% dos casos não tinham uma causa orgânica definida, ou seja, não eram causados por nenhuma doença nos órgãos internos do tórax, como coração, pulmão e esôfago, por exemplo. Mais da metade eram apenas casos de ansiedade. 36% eram causados por dores músculo-esqueléticas ou por doenças do esôfago, e apenas 11% eram devidos a causas mais graves, como doenças cardiovasculares.
Vamos, então, falar um pouquinho sobre dor torácica, dando ênfase ao sinais de gravidade. É sempre bom lembrar que o que segue são apenas orientações gerais, não devendo nunca servir de base para auto-diagnósticos. Apenas um médico, através da história clínica, do exame físico e de exames complementares, quando necessários, pode estabelecer diagnósticos para dor torácica.
Em alguns momentos vou usar o termo dor torácica em vez de dor no peito, uma vez que este é mais preciso, pois várias doenças que podem se manifestar com dor no peito, podem fazê-lo envolvendo todo o tórax, inclusive nas costas. Também vale ser dito que evitarei o termo ataque cardíaco, chamando-o do modo mais correto, ou seja, infarto do miocárdio ou doença isquêmica cardíaca.

QUAIS FATORES SÃO IMPORTANTES NA AVALIAÇÃO DE UMA DOR NO PEITO?

Existem dois fatores primordiais na avaliação clínica da dor torácica:
– Características da dor.
– História clínica do paciente.
1- Características da dor no peito
Quando se tem uma dor no peito, a primeira coisa que se deve tentar esclarecer é se a mesma indica uma dor anginosa, ou seja, dor de isquemia cardíaca (infarto). A angina de peito apresenta algumas características típicas que podem ser usadas para afastar ou reforçar a suspeita de uma doença cardiovascular.
Características da dor no peito de isquemia cardíaca:
– ser mais um peso ou uma forte sensação de aperto no peito do que uma propriamente uma dor (é muito comum o paciente descrever a dor encostando o punho fechado em frente ao peito, para mostrar que a dor é em aperto)
– ser desencadeado por esforço físico ou estresse emocional.
– ser uma dor difusa no lado esquerdo e centro do tórax, frequentemente com irradiação para braço esquerdo, costas e/ou pescoço.
– vir acompanhada de suores, falta de ar, palidez ou hipotensão.
– vir acompanhada de palpitações.
– ser uma dor que dura vários minutos.
– ser uma dor que não cede aos analgésicos comuns.
– um sinal de extrema gravidade, e que fala a favor de doença cardíaca, é a perda de consciência após o início da dor torácica (leia: INFARTO FULMINANTE | Causas e sintomas).
Na maioria das vezes, o infarto se apresenta como uma dor intensa e muito incomodativa. Porém, a intensidade da dor não é um fator determinante, uma vez que até 1/3 dos infartos ocorrem com leves desconfortos. Pacientes diabéticos ou idosos podem ter dores leves e, às vezes, se queixam mais de cansaços e mal estar do que propriamente de dor no peito.
Características da dor no peito que falam contra uma isquemia cardíaca:
– ser uma dor que dura poucos segundos e surge sem esforço físico ou estresse emocional.
– uma dor de curta duração que vai e volta sem fatores desencadeantes precisos.
– ser uma dor muito bem localizada, sendo o paciente capaz de apontar com o dedo indicador exatamente onde ela incide.
– ser uma dor que piora quando se aperta o local com o dedo ou quando se faz algum movimento com o tórax.
– dor em pontada ou que piora com a respiração profunda costumam ter origem outra que infarto.
– ser uma dor que vai e volta há muitos anos sem haver sinais de progressão ou piora.
– ser uma dor que melhora muito com um simples analgésico.
– ser uma dor que não irradia e não vem acompanhada de outros sintomas como falta de ar, suores, vômitos, hipotensão, etc.
Devemos salientar que as características acima são apenas orientações, de modo algum são suficientes para se descartar ou diagnosticar uma dor no peito. Algumas pessoas com crises de ansiedade podem apresentar sintomas muito parecidos com um infarto, queixando-se de palpitação, suores, falta de ar, tonturas, etc.
Também é bom lembrar que a isquemia cardíaca não é a única causa grave de dor no peito, podendo esta também ser causada por pneumonia, embolia pulmonar e aneurisma de aorta, por exemplo, doenças com sintomas distintos do infarto do miocárdio.
Temos um texto exclusivo sobre a angina de peito (a dor do isquemia do coração), como maiores explicações sobre este tipo de dor torácica: SINTOMAS DO INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO E ANGINA.
2- História clínica do paciente com dores no peito
Além das características da dor, os dados clínicos do próprio paciente também são extremamente relevantes. A abordagem de uma dor no peito em um paciente de 19 anos e sadio é completamente diferente da de um paciente de 63 anos, obeso, com história de diabetes, hipertensão e tabagismo.
Quanto mais fatores de risco para doença cardiovascular um paciente tiver, maiores as chances de sua dor no peito indicar uma doença mais grave. Um paciente sem fatores de risco conhecidos pode infartar? Pode, mas é pouco comum, e isso deve ser sempre levado em conta (leia: INFARTO EM JOVENS | Causas).
Os principais fatores de risco para doença cardiovascular que devem ser avaliados em um paciente com dor no peito são:
– Idade maior que 40 anos.
– História prévia de doença isquêmica cardíaca.
– Sedentarismo e dieta rica em gorduras saturadas.
– Forte história familiar para doença isquêmica cardíaca.
– Tabagismo (leia: MALEFÍCIOS DO CIGARRO | Tratamento do tabagismo).
– Obesidade (leia: OBESIDADE E SÍNDROME METABÓLICA | Definições e consequências).
– Diabetes mellitus (leia: DIABETES MELLITUS | DIAGNÓSTICO E SINTOMAS).
– Hipertensão arterial (leia: HIPERTENSÃO ARTERIAL (PRESSÃO ALTA) | Sintomas e tratamento).
– Colesterol elevado (leia: COLESTEROL HDL | COLESTEROL LDL | TRIGLICERÍDEOS).
– Insuficiência renal crônica (leia: INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA | Sintomas e tratamento).
– Uso de cocaína (leia: COCAÍNA | CRACK | Efeitos e complicações).
A partir dos dados explicados acima, junto com o exame físico, o médico é capaz de estabelecer os diagnósticos diferenciais para a sua dor no peito. Se a avaliação clínica indicar algum risco da dor ser de origem cardíaca, o médico irá solicitar exames para tentar diagnosticar ou descartar esta causa. Em avaliações de dor torácica, muitas vezes é mais importante descartar causas graves do que estabelecer um diagnóstico definitivo para a dor.

CAUSAS DE DOR NO PEITO

A dor no peito sempre traz consigo o medo de um infarto, porém, existem dezenas de causas para dor torácica, algumas delas tão ou mais graves que a doença isquêmica cardíaca. Na verdade, a dor no peito pode ser causada por doenças em qualquer um dos órgãos dentro e fora da caixa torácica, incluindo coração, esôfago, pulmão, pleura, mediastino, grandes vasos, costelas, cartilagens, articulações, músculos do tórax, pele, etc.
Abaixo segue uma lista das principais causas de dor torácica, algumas já abordadas em outros textos deste site:
– Aneurisma de aorta (leia: ANEURISMA | Causas e sintomas).
– Pneumotórax (leia: PNEUMOTÓRAX | Causas, sintomas e tratamento).
– Derrame pleural (leia: DERRAME PLEURAL | Tratamento, sintomas e causas).
– Embolia pulmonar (leia: EMBOLIA PULMONAR | Sintomas e tratamento).
– Pneumonia (leia: PNEUMONIA | Sintomas e tratamento).
– Refluxo gastroesofágico (leia: HÉRNIA DE HIATO | REFLUXO GASTROESOFÁGICO).
– Pericardite (inflamação do pericárdio) (leia: PERICARDITE AGUDA – Sintomas e Tratamento)
– Tumores do pulmão ou mediastino (leia: CÂNCER DE PULMÃO | Fatores de risco).
– Esofagite (inflamação do esôfago).
– Espasmo do esôfago.
– Hipertensão pulmonar.
– Costocondrite (inflamação das cartilagens que ligam as costelas ao osso esterno).
– Lesões nas costelas.
– Lesões musculares.
– Artrite (leia: ARTRITE e ARTROSE | Sintomas e diferenças).
– Fibromialgia (leia: FIBROMIALGIA | Sintomas e tratamento).
– Artrite reumatoide (leia: ARTRITE REUMATOIDE | Sintomas e tratamento).
– Herpes zoster (leia: CATAPORA (VARICELA) | HERPES ZOSTER | Sintomas e tratamento).
Além dos órgãos e tecido do tórax, algumas vezes problemas em órgãos do abdômen podem também causar dor torácica, entre eles:
– Colecistite (leia: PEDRA NA VESÍCULA | COLECISTITE | Sintomas e tratamento).
– Gastrite e úlcera péptica (leia: GASTRITE | ÚLCERA GÁSTRICA).
– Pancreatite (leia: PANCREATITE CRÔNICA | PANCREATITE AGUDA).
Como pôde ser visto, o diagnóstico da dor no peito é bem complexo, uma vez que este sintoma pode indicar uma extensa gama de patologias distintas. Na dúvida, o ideal é procurar um médico. Se a sua dor é diferente das que você já sentiu antes, procure ajuda de um profissional, principalmente se você tiver fatores de risco para doença cardiovascular.
Ansiedade e gases como causa de dor torácica
Pessoas com crises de ansiedade, síndrome do pânico, depressão e hipocondria também costumam apresentar dores no peito com frequência. Pelo menos 1/3 dos pacientes que se dirigem aos serviços de urgência com dor no peito, o fazem por causas de origem psicológicas/psiquiátricas.
A relação entre gases e dor no peito é bem conhecida. Normalmente a dor por gases não é bem no tórax, mas sim na porção inferior das costelas, que chamamos de hipocôndrio. Estas dores ocorrem por dilatação dos estômago e esôfago, muitas vezes pinçando os nervos ao seu redor. Pessoas com hérnia de hiato, uma condição onde o estômago acaba subindo em direção ao tórax, podem ter dor torácica com acumulo de gases no estômago.
Outra causa comum de dor na região do hipocôndrio e costelas, mas que pode ser confundida com dor torácica, é a dor que ocorre após exercício físico extenuante. Esta dor é causada por fadiga da musculatura torácica responsável pela respiração. Ela pode assustar por aparecer durante exercícios físicos, mas é bem diferente da dor do infarto, pois ocorre tardiamente durante a atividade, não irradia, é muito localizada, não é bem no peito e parece mais uma câimbra do que a dor em aperto do infarto.

quarta-feira, 26 de outubro de 2016

MIOCARDITE – SINTOMAS, CAUSAS E TRATAMENTO





Coração
Miocardite é o nome dado à inflamação do músculo do coração, chamado de miocárdio. Existem dezenas de causas de miocardite, incluindo infecções por vírus, bactérias, protozoários ou fungos, medicamentos, doenças auto-imunes, consumo exagerado de álcool, consumo de cocaína, etc.
As principais consequências da miocardite são a falência do bomba cardíaca, ou seja, redução da capacidade do coração de bombear o sangue, e o surgimento de arritmias cardíacas.
Neste artigo vamos abordar as principais causas, sintomas e tratamento da miocardite nos adultos e nas crianças, dando ênfase à miocardite viral, que é a causa mais comum.
Outras formas de inflamação/infecção do coração são a endocardite e a pericardite, assuntos abordados em artigos específicos, que podem ser acessados nos links abaixo:

O QUE É A MIOCARDITE?

Camadas do CoraçãoA parede do coração é dividida em 3 camadas. A camada mais interna, que fica diretamente em contato com o sangue dentro da cavidade cardíaca, chama-se endocárdio. A camada mais externa, que envolve a parte de fora do coração, chama-se pericárdio. Entre essas duas finas camadas encontra-se uma espessa camada de músculo, responsável pela contração do coração e bombeamento do sangue, chamada miocárdio.
Como já referido acima, qualquer uma dessas camadas pode ficar inflamada, provocando quadros de endocardite, miocardite ou pericardite. Quando o pericárdio e o miocárdio inflamam juntos, damos o nome de miopericardite.
A miocardite é habitualmente provocada por uma virose e pode ter um curso clínico muito variável, indo desde quadros brandos, praticamente sem sintomas, até situações catastróficas, com falência aguda da bomba cardíaca e incapacidade do coração de bombear o sangue.

CAUSAS DE MIOCARDITE

Existem dezenas de causas para miocardite, mas as infecções virais são as mais comuns. A miocardite viral costuma ser a responsável pelos quadros súbitos de miocardite que surgem em crianças ou adultos saudáveis.
Pelo menos 20 vírus diferentes já foram identificados como potenciais causadores de miocardite viral, entre eles, podemos citar:
– Vírus Coxsackie B – provoca doenças como herpangina, gastroenterite e síndrome mão-pé-boca (Leia: SÍNDROME MÃO-PÉ-BOCA -Vírus Coxsackie).
– Adenovírus (provoca resfriado comum e gastroenterite viral) (leia: DIFERENÇAS ENTRE RESFRIADO E GRIPE).
– Vírus influenza (vírus da gripe) (leia: GRIPE | Sintomas, Tratamentos e Vacina).
– Citomegalovírus (leia: CITOMEGALOVÍRUS NA GRAVIDEZ).
– Vírus da poliomielite.
– Epstein-Barr vírus (vírus da mononucleose) (leia: MONONUCLEOSE INFECCIOSA).
– HIV (leia:  SINTOMAS DO HIV).
– Vírus da hepatite C (leia: HEPATITE C).
– Vírus da hepatite B (leia: HEPATITE B).
– Vírus da caxumba (leia: CAXUMBA).
– Vírus da rubéola (leia: RUBÉOLA).
– Vírus do sarampo (leia: SARAMPO).
– Vírus da varicela (catapora) (leia: VARICELA | CATAPORA).
– Vírus da febre amarela (leia: FEBRE AMARELA).
– Vírus da dengue (leia: DENGUE).
A miocardite viral costuma surgir durante ou logo após uma infecção viral, que pode ser tão simples quanto um resfriado. Em geral, menos de 1% das infecções virais acaba atingido o coração, porém, em infecções pelo Vírus Coxsackie B, a incidência de miocardite pode chegar aos 5%.
Nos últimos anos, a incidência de miocardites virais tem vindo a cair, provavelmente porque muitos dos vírus listados acima podem ser prevenidos pelas vacinas que fazem parte do calendário nacional de vacinação.
Outras causas de miocardite
Apesar da miocardite viral ser a principal causa de miocardite, ela não é a única. Há dezenas de outras causas de miocardite, como, por exemplo:
– Doença de Chagas.
– Tuberculose.
– Infecção por bactérias, como Streptococcus, Staphylococcus, Salmonella, Mycoplasma, Meningococo, Gonococo, pneumococo e Clamídia.
– Leptospirose.
– Sífilis.
– Candidíase.
– Estrongiloidíase.
– Toxoplasmose.
– Amebíase.
– Uso crônico de álcool.
– Uso de cocaína.
– Picada de abelhas e vespas.
– Doença celíaca.
– Doenças autoimunes.
– Febre reumática.
– Sarcoidose.

SINTOMAS DA MIOCARDITE

Como já referido, a miocardite costuma ser um quadro brando, com poucos ou nenhum sintomas. Às vezes, o paciente confunde os sintomas de uma miocardite leve com as da própria virose que a provoca.
O grande problema é quando o acometimento do músculo cardíaco provoca disfunção do mesmo, levando a um quadro chamado de insuficiência cardíaca.
Nos pacientes que desenvolvem sintomas, os mais comuns são cansaço – que em casos mais graves pode surgir mesmo com atividades de pequena intensidade, tais como andar, tomar banho, trocar de roupa ou pentear o cabelo -, inchaço das pernas, falta de ar e arritmias cardíacas.
Em alguns casos, a miocardite se apresenta de forma fulminante, provocando um quadro súbito e grave de insuficiência cardíaca, o que leva o paciente rapidamente a um estado choque circulatório. Se o atendimento médico não for rápido, o paciente evolui para o óbito. Estima-se que até 20% das mortes súbitas ocorridas em pacientes com menos de 40 anos sejam provocadas por quadros de miocardite. A morte pode surgir pelo choque cardiogênico ou pelo surgimento de uma arritmia maligna desencadeada pela inflamação do miocárdio.
Apesar da miocardite fulminante ser uma forma catastrófica de insuficiência cardíaca, caso o paciente seja atendido a tempo e consiga sobreviver à fase crítica, a longo prazo, o prognóstico é bom, pois a maioria se recupera totalmente e mantém um coração com bom funcionamento.
A miocardite também pode se apresentar de forma menos exuberante, com instalação mais lenta, porém progressiva da insuficiência cardíaca. Os sintomas de cansaço, edemas e falta de ar vão se instalando ao longo dos dias.
A história típica para se pensar em miocardite é um paciente relativamente jovem, às vezes atleta, sem doença cardíaca prévia ou fatores de risco, que desenvolve, cerca de 1 ou 2 semanas depois de um quadro viral, um quadro inexplicável de insuficiência cardíaca.
Nas formas subagudas da miocardite, o paciente pode evoluir para miocardiopatia dilatada, que é uma forma irreversível de dilatação do coração. A contrário da forma fulminante, a forma subaguda pode não levar à morte rapidamente, mas o risco de lesão permanente do coração é maior. Nas formas subagudas também há risco de arritmias cardíacas, sendo a morte súbita também um dos desfechos possíveis.

DIAGNÓSTICO DA MIOCARDITE

A miocardite deve ser suspeitada em todos os pacientes com sinais e sintomas de insuficiência cardíaca sem causa aparente. Habitualmente, a insuficiência cardíaca é uma doença de progressão lenta, com agravamento ao longo de anos, que ocorre em pessoas mais idosas, geralmente com hipertensão de longa data e doença coronariana. Uma insuficiência que cardíaca que surge de forma rápida em pacientes sem fatores de risco deve ser sempre um sinal de alerta para miocardite.
A miocardite também deve ser suspeitada em pacientes jovens, sem fatores de risco para doença coronariana, que apresentam elevação dos níveis de troponina (enzima que indica lesão cardíaca) e alterações no eletrocardiograma. Da mesma forma, arritmias cardíacas que surgem em pacientes previamente saudáveis também podem ser um sinal de inflamação do músculo cardíaco.
O ecocardiograma é o exame utilizado para o diagnóstico da insuficiência cardíaca, mas ele não é capaz de afirmar com certeza a origem do problema. A ressonância magnética do coração é um exame mais sensível, sendo capaz de identificar a presença de inflamação do miocárdio.
Apesar de todas as pistas que os exames complementares podem nos fornecer, em muitos casos a certeza do diagnóstico só é obtida através de uma biópsia do miocárdio. Este procedimento, porém, não é realizado rotineiramente nos casos menos graves, pois ele é um procedimento invasivo feito através de cateterismo cardíaco.

TRATAMENTO DA MIOCARDITE

O tratamento da miocardite depende da causa e da gravidade. Casos brandos não necessitam de tratamento especifico e costumam se curar espontaneamente com o tempo.
Nos pacientes com sintomas, o tratamento para insuficiência cardíaca da miocardite é semelhante ao que é preconizado para a insuficiência cardíaca clássica, provocada por hipertensão de longa data ou doença isquêmica cardíaca. Restrição do sal na dieta, diuréticos, beta bloqueadores e inibidores da ECA (IECA) são a base do tratamento.
Nas miocardites provocadas por viroses, medicamentos antivirais, como o Interferon beta, podem ser usados, mas eles só são eficazes se forem iniciados precocemente.
Nos casos de miocardite fulminante, o paciente precisa ficar internado em unidades de cuidado intensivo para receber todo o suporte hemodinâmico e respiratório que uma falência aguda da bomba cardíaca demanda.
Em geral, o coração se recupera totalmente com o tempo, mas alguns casos podem evoluir para dilatação permanente das cavidades cardíacas. Nestes casos, se a insuficiência cardíaca não puder ser controlada adequadamente com medicamentos, o transplante cardíaco torna-se a única opção de tratamento